domingo, 13 de março de 2016

Arborização Urbana

Bem, estamos de volta, agora para voltarmos e fazer nosso melhor,precisaremos de muito conteúdo. Na abordagem passada descrevemos os vários problemas relativos a eutrofização do rio poti em Teresina Piauí, estes quais só serão resolvidos por uma conscientização geral, já que o meio ambiente é bem comum a todos e sempre que degradamos a natureza tornamos esse dano ambiental coletivo.

Hoje buscaremos algo de nosso dia-a-dia, o qual interfere diretamente no nosso bem-estar, e ao mesmo tempo procura um equilíbrio entre homem e natureza. E nada melhor que começar essa abordagem falando um pouco sobre o histórico entre homem e natureza.

Atualmente com a disseminação da informação, através da globalização, esta vem trazendo vários pontos positivos para a humanidade, entretanto a nossa obsessão e busca por maiores riquezas, além da falta de planejamento em certas áreas acabam favorecendo o degradação do meio ambiente "natural", como exemplo a  vegetação nativa de várias cidades. O objetivo muitas vezes ,visa unicamente a expansão das cidades, assim exaurindo as Florestas Urbanas deixando elas sem arborização e muitas vezes, para tentar resgatar aquela vegetação natural, faz se o uso de um plantio inadequado para aquela área, trazendo assim problemas de várias ordens, desde o simples passeio de um pedestre para aquele passeio, até quedas destas mesmos devido a várias variáveis. 

A arborização de áreas urbanas deve visar vários aspectos, mas principalmente aqueles qualitativos, como sombreamento, lazer, beleza, como consequência uma aproximação positiva entre homem e natureza, já que isso falta em muitas cidade e centros urbanos.

Ao pensarmos unicamente no aspecto quantitativo,estaremos restringindo uma série de benefícios de ordem qualitativa, já que para a implantação de mudas e espécies arbóreas em centros urbanos é necessário avaliar vários aspectos, como, aspectos econômicos, histórico social, cultural da região isso englobara vários fatores que estabeleceram qual melhor espécie vegetal a ser implantada naquela região já que estas necessitam de espaço e nada melhor do que saber como aquela região cresce e se desenvolve . 

Em regiões onde já existe espécies vegetais plantadas em função unicamente de  aspectos quantitativos, gerará um série de problemas para aquela região futuramente, pois cada espécie vegetal desenvolve-se de forma diferenciada, assim, determinada espécie de mangueira, que poderá chegar a mais de 20 metros, além da sua copa imensa, raízes superficiais que podem destruir calçadas, frutos que quando desprendidos poderão causar acidentes, além de problemas como área de passeio de pedestres, rede elétrica, ou seja, não podemos olhar somente por um angulo, devemos abordar vários fatores e aspectos que posteriormente beneficiaram aquela região em função de um plantio adequado atendendo as necessidades presentes e futuras da mesma área.

Em áreas privadas normalmente faz se opção por espécies que mais se encaixam as necessidades da área e também do público, assim em residências domiciliares existe a predominância por árvores frutíferas e que ao mesmo tempo trazem lazer, sombreamento, para a família. Porém se essa arborização é feita por espécies erradas, ou o espaço físico não se encaixa aquela espécie é necessário a realização de podas as quais muitas vezes são feitas de formas erradas prejudicando ainda mais a espécie e seu desenvolvimento para aquela região. 
Plantio de espécie em condomínio feita de forma inadequada, neste caso, segundo o cartilha de 2002, em  portes e transformadores deverá manter a distância mínima de 4 metros. Fotografia realizada em 06/03/2016.



Em áreas privadas, como residências, condomínios, jardins de hospitais, fica a critério do responsável por sua área, contundo respeitando os limites como podemos ver na imagem logo acima. Já para áreas como parques e praças, caberá ao responsável implantar a melhor espécie, geralmente parques são grandes áreas destinadas ao convívio social nesse caso, cabendo árvores com mais diversas características, tamanhos, e em praça também,porém estas devem respeitar o espaço físico disponível, já que muitas praças apresentam um área menor muitas vezes as espécies ali podem invadir áreas de passeio. Nesse caso podem ser realizadas podas de contenção para o espaço físico disponível, para o passeio de pedestres além de possíveis podas para a passagem de veículos. 


Arborização de praças, destinada ao convívio social. A espécie acima (Jucá), com o formato  de seus galhos ultrapassava a área de passeio, assim foi realizada uma poda de contenção, fotografia realizada em 06/03/2016.



Na imagem imediatamente acima, além da poda que teve que ser realizada, podemos observar outro problema, principalmente a área de passeio, a qual foi deformada  com raízes de outras espécies vegetais  presentes na região.

Em áreas como calçadas, avenidas e vias públicas, o espaçamento,tamanho e características de cada espécie iram influenciar diretamente na escolha da espécie, se existirem espécies com características que não condizem com as necessidades daquela área será necessário a poda, e até mesmo a remoção da espécie vegetal.


Miranda, sugeriu a indicação do porte da árvore em função da largura da rua e calçadas.




Imagem referente ao plantio inadequado em função do espaço disponível, para a passagem de veículos, rede elétrica além da espécie( mangueira) ser frutífera podendo causar acidentes com seus frutos. Fotografia realizada em 06/03/2016.

Podemos concluir que a melhor opção para escolha da espécie, irar muito além do porte, exigira características da região, fatores climáticos, fatores sociais, desenvolvimento e expansão da região, e tudo isso exigira uma variedade de estudos que apesar de trabalhosos,e caros, serão satisfatórios em relação ao bem-estar,saúde, lazer das presentes e futuras gerações, como consequência tudo isso gerara aproximação positiva do ser humano com natureza. Além dos aspectos postos anteriormente a arborização urbana adequada evitará gastos no futuro, com podas, restruturação de calçada, quedas de árvores sobre fiação elétrica, danificação do patrimônio público, tudo isso será em função de um planejamento certo e de uma conscientização coletiva.


REFERÊNCIAS: 

http://www.uesb.br/flower/alunos/pdfs/arborizacao_urbana%20Khatia.pdf








sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Eutrofização do Rio Poti

     Para começarmos, iremos falar um pouco das características do rio Poti,onde nasce,onde depõe suas águas,quais pontos são mais afetados pela poluição em Teresina,além da erosão que como consequência traz a deposição de sedimentos ao longo do rio,e também quais os efeitos da poluição ao longo do rio.
     O rio Poti nasce no Estado do Ceará, nas proximidades da cidade de Algodões, pela junção, dos riachos Santa Maria e Algodões, e tem seu fim quando depõe suas águas no rio Parnaíba, em Teresina no estado do Piauí, local este de atração turística, mas que apesar do alto nível de poluição o rio se encontra com uma grande quantidade de aguapés,provindos da grande quantidade de esgoto e poluição da cidade de Teresina. 

A imagem é referente ao encontro dos rios Poti e Parnaíba na cidade de Teresina, foto  tirada em 01/12/2014 , o rio Poti apresenta-se a sua direita, já o Parnaíba a sua esquerda.



Na cidade de Teresina cerca de 81% do esgoto é lançado diretamente sobre os rios Parnaíba e Poti, sem nenhum tratamento, sendo que as regiões do grande Dirceu, Morada Nova,Zona Leste e Bairros da Marechal Castelo Branco  são os grandes responsáveis pelo poluição do rio Poti, além da utilização de galerias pluviais, onde deveriam correr as águas das chuvas, são utilizadas para desviar esgoto e fossas sépticas, assim vários problemas podem ocorrer devido a essa poluição, como a eutrofização.
A eutrofização é um fenômeno de característica antrópica, porém pode  ocorrer de forma natural, tendo como princípio a concentração gradativa de matéria orgânica acumulada em ambientes aquáticos. Entre os fatores impactantes, contribuindo com a crescente poluição no rio Poti, estão: os dejetos domésticos (esgoto), fertilizantes agrícolas e efluentes industriais, diretamente despejados ou percolados em direção aos cursos hídricos.
A imagem é referente a saída de esgoto que  é depositado diretamente no rio, e mostra a preocupação através  da associação com um outro grande rio na forma de arte de rua, foto  tirada em 01/12/2014.
 Durante o processo de eutrofização  a quantidade excessiva de minerais principalmente fosfatos e nitratos induz a multiplicação de micro-organismos, que induzem  no caso do rio Poti a formação e desenvolvimento de aguapés, formando uma camada densa, impedindo a penetração da luminosidade.
Desenvolvimento de aguapés no Rio Poti, foto tirada em 01/12/2014
 Esse fato implica na redução da taxa fotossintética nas camadas inferiores, ocasionando o deficit de oxigênio suficientes para atender a demanda respiratória dos organismos aeróbicos, que em condições de baixo suprimento, não conseguem sobreviver, aumentando ainda mais a concentração de matéria orgânica no meio. 
  Em consequência, o número de agentes decompositores também se eleva, atuando na degradação da matéria morta, liberando toxinas que agravam ainda mais a situação dos ambientes afetados, comprometendo toda a cadeia alimentar, além de alterar a qualidade da água, também imprópria ao consumo humano.
  Um outro fator atuando de forma significativa é a erosão, que vem sendo atenuada pela ação antrópica, promovendo o acumulo de sedimentos ao longo do rio, e mudando propriedades físicas e químicas da água ocasionando a formação de bancos de areias, diminuindo a profundidade do rio ao longo dos anos.


A imagem é referente a erosão provocada pela chuva, que ganha velocidade e carreia os sedimentos da margem  para o rio Poti, foto tirada em 01/12/2014.
 Há também problemas relacionados na questão da erosão provocada pela água pluvial, que acabam escoando em grande velocidade, devido a impermeabilização do solo construído pela ação antrópica, assim a água escoa  em forma de tromba, levando parte da margem do rio, inclusive a vegetação presente nas margens, preocupando, pois são espécies endêmicas.
Assim,os variados problemas aqui citados  estão relacionados com a presença humana e a falta de consciência, planejamento e políticas públicas efetivas, que hajam diretamente no tratamento do esgoto, quanto na conscientização e educação da população.
 Rios lindeiros a áreas urbanas, como o rio Poti, devem  ter sua qualidade da água compatível com o enquadramento na Classe 2, segundo a Resolução N.º 20/86 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), podendo ser destinados ao abastecimento público após tratamento convencional, à proteção de comunidades aquáticas, à recreação de contato primário, à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas e à criação natural e/ou intensiva de espécies destinadas à alimentação humana.
  Desta forma,percebemos que no rio Poti é necessário e urgente a implantação de um amplo Programa de Gerenciamento do rio , com a participação dos órgãos governamentais, não-governamentais, voluntários, com a criação e implantação do comitê de bacia, inclusão de programas de monitoramento, estudos para o reuso das águas das estações de tratamento para outros fins que não seja o leito do rio, verificação do uso agrícola das margens, dado que a utilização das mesmas por agricultores representa uma etapa intermediária do processo de deterioração, considerando que são empregadas elevadas quantidades de Nitrogênio e Fósforo, freqüentemente superiores à própria assimilação dos vegetais e que vão escoar para o rio, verificação da ocupação urbana com a drenagem das águas de chuva e esgotos, dentre outras.

Referências:
http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2015/01/vegetacao-rara-nas-margens-do-rio-poti-esta-ameacada-de-extincao.html 
http://cidadeverde.com/pesquisadora-diz-que-aguapes-no-poti-sao-fruto-de-contaminacao-122760 
http://www.ccom.pi.gov.br/download/Poti.pdf
http://www.mp.pi.gov.br/internet/phocadownload/artigos/38.htm

Autores:
               Alexandra Ribeiro Machado
               Everton Mateus Rodrigues de Carvalho
               Larissa Valeska Da Silva Feitosa